Os livros de visitações registam a “inspeção”, normalmente anual, feita às igrejas (nomeadamente às alfaias, livros, obras de arte e relíquias de circunscrição paroquial), às capelas e aos oratórios. Os livros de visitações são documentos de reforma que pretendem remediar aquilo que se encontra desordenado, tanto no clero e fiéis, como na conservação da igreja e seus pertences. Não se indicam os lados positivos, a não ser em breve menção de que a igreja está bem servida. É necessário ter isto em conta para não se supor que a vida do clero e dos fiéis só apresentava aspetos negativos. A igreja de São Miguel tinha normalmente cerca de oito ou dez beneficiados, alguns dos quais nem sempre estavam presentes. O livro contém diferentes cadernos de visitas que se acharam avulsos e que se coseram que mão curiosa para se não perderem. Visto em 1860 pelo padre Doutor José António da Gama Leal.