Júlio do Nascimento Vieira

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Historique

Júlio do Nascimento Vieira foi um homem multifacetado - jornalista, político, dirigente associativo e sindical, industrial, comerciante, publicista e historiador - que marcou política e culturalmente a sociedade torriense nos três primeiros decénios do século XX. Cursou na Escola de Belas Artes de Lisboa, formação artística que o tornaria autor de diversos quadros a óleo, desconhecendo-se, porém, a sua localização. Foi também um industrial de tipografia e comerciante nas áreas da livraria, da papelaria e do calçado. Nesta última, foi fornecedor e exportador de calçado da Real Companhia dos Caminhos-de-ferro, e proprietário de estabelecimentos em Peniche, Torres Vedras e Lisboa. Como jornalista, teve uma actividade intensa. Foi proprietário, editor e director dos jornais semanais regionais Folha de Torres Vedras (1905-1913) e A Vinha de Torres Vedras (1913-1919), tendo aquele recebido a Medalha de Bronze na Exposição Agrícola de Lisboa, de 1905. Nos anos de 1906 e 1907, editou o Anuário da Região de Torres Vedras. Júlio Vieira foi dinamizador de um grupo de intelectuais torrienses, propagandista e defensor dos ideais republicanos, Presidente da Comissão Municipal Republicana de Torres Vedras, com sede na rua da Cerca, num espaço e tempo adversos, com sacrifícios pessoais, onde ainda imperava a causa monárquica. E foi também um dos protagonistas da propaganda dos ideais republicanos feita em comícios e palestras, assim como através das páginas de vários jornais da capital, onde era colaborador, nomeadamente de O Século. E, naturalmente, com maior ênfase nas páginas da Folha de Torres Vedras, de que era proprietário e director. Uma participação cívica intensa testemunhada pela entrega à terra que acolheu o seu nascimento. Os cargos que exerceu demonstram-no: Provedor da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, sócio fundador do Centro Republicano Torreense, membro da direcção do Sindicato Agrícola de Torres Vedras, Presidente da Associação de Socorros Mútuos 24 de Julho de 1884, fundador e membro da direcção da corporação de Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, membro da Comissão Organizadora da Previdência Agrária e Administrador-delegado da Comissão de Iniciativa das Termas dos Cucos e Praia de Santa Cruz. As gerações seguintes recordam-no sobretudo pela sua faceta historiográfica, com a publicação da monografia Torres Vedras Antiga e Moderna, no Verão de 1926, pela qual muitos conheceram a história torriense. Todavia, Júlio Vieira chegou demasiado cedo ao fim da vida, falecendo aos 49 anos, quando tinha em preparação outros dois livros Torres Vedras sob as Invasões Francesas e Igrejas e conventos de Torres Vedras e termo. A par da faceta do historiador, ficou ainda a do escritor, testemunhada pelos escritos literários, ainda inéditos (informação retirada do prefácio do livro Torres Vedras Antiga e Moderna. 2.ª edição. 2011)

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